Reprodução Humana
Gestação de substituição
Isso normalmente acontece quando a mulher não tem útero (ou porque nasceu sem ele ou porque, por algum motivo, precisou retirá-lo), quando existem patologias uterinas que inviabilizam a gestação (miomatose múltipla, sinéquias, endométrio atrófico) ou quando a paciente possui patologias que contraindicam a gravidez por representar risco de vida inaceitável do ponto de vista médico.
O tratamento acontece de modo semelhante a uma FIV convencional: a paciente é submetida a estimulação ovariana, os oócitos são coletados e fertilizados pelos espermatozóides do parceiro. Em paralelo a esse processo, o útero da doadora temporária é preparado para receber esses embriões formados. Ela gerará o bebê e, após o parto, o bebê ficará com os pais biológicos.
De acordo com a atual resolução do Conselho Federal de Medicina, a doadora temporária do útero deve possuir parentesco de até quarto grau (mãe, filha, irmã, avó, neta, tia e prima) de um dos parceiros. Os demais casos devem ser autorizados pelo CRM. A doação temporária do útero não deve ter caráter lucrativo ou comercial e, portanto, o termo “barriga de aluguel” é inadequado.
Doar o útero temporariamente é um gesto de grande nobreza e solidariedade.
